17 de Fevereiro de 2007 - Expresso (Actual)

paginaexpresso2

Labels: , , , , , , , , ,

Fundadores | Founders

Albino Tavares Duarte Amorim João Marrucho

Albino José Tavares | Duarte Amorim Oliveira | João Alves Marrucho

Labels: , , , , , , ,

Primeiras Questões

QUANDO?
Oficialmente, dia17 Fevereiro de 2005.

COMO?
Numa conversa de amigos. A música sempre foi um dos nossos motivos favoritos (Albino José Tavares, Duarte Amorim Oliveira e João Alves Marrucho), não só como tema de conversa mas também como pretexto para trocas de informação, de ideias ou mesmo software. O João já produzia quando nos conhecemos, eu e o Duarte estávamos a começar a passar discos e a fazer as primeiras expriências sonoras. Daí até ao ponto de surgir a necessidade de editarmos as coisas das quais gostávamos, o passo não foi demasiado grande.

ONDE?
Algures na cidade do Porto. Entre a Faculdade de Belas Artes, o café Belas Artes, o Estúdio Bravo do João, o atelier dos Bolos Quentes, um bar ou uma discoteca.

PORQUÊ?
Como já referi, a necessidade de divulgar o nosso trabalho e outras coisas que mereciam a nossa maior atenção foram o primeiro incentivo. Quando pensámos no assunto reparámos que ainda não havia nenhuma editora em Portugal a publicar música de dança. Se havia, não tínhamos conhecimento. Então começámos por criar a Ástato CDR. No entanto, logo após o segundo lançamento que se deu em Junho do ano passado, nós os três fomos estudar para fora. Como tal a coisa pareceu ter morrido e provavelmente ninguém se lembrava da nossa existência. Eu e o João fomos para a mesma cidade e, diga-se de passagem, que a cidade onde fomos parar, de movimento e animação, tinha pouco, e o que tinha era desinteressante. Embora isso parecesse ter desvantagens, em termos editoriais foi bastanto produtivo. Permitiu-nos pensar muito sobre o assunto e sobre o que queríamos fazer com isto da Ástato. Neste momento, embora ainda um pouco em aberto, sabemos que queremos que seja mais do que uma editora CDR. Como tal a Ástato CDR passou a ser uma subdivisão de algo maior, parte da Ástato. Podemos dizer que a Ástato, em si, não é nada em concreto, é como um site de links para variadas produções culturais que se unem sobre um mesmo nome, Ástato. Queremos desenvolver mais subdivisões, e já começámos a trabalhar nisso. Uma delas foi anunciada a 17 de Fevereiro de 2006, no dia em que a Ástato CDR celebrou um ano de existência, e também está relacionada com música. É a Ástato VEC, que tem só edita o projecto VEC, criado por nós (Albino e João) antes de deixarmos Portugal, mas que ganhou consistência na nossa ausência.

ALGUM TIPO DE MÚSICA ESPECÍFICO?
Sim e não. Não na medida em que não queremos um som só mais techno, ou house ou isto ou aquilo. Sim na medida em que a música tem que vir do coração e temos que gostar dela. Gostarmos da música é fundamental, e isso não escondemos. Confiamos no nosso juízo de gosto e nas suas dúvidas. Não temos essa postura em exclusivo para a música, ela também recai sobre qualquer tipo de produção sensorial. Isso pode ser a linha editorial se assim o quiserem chamar. Poderia dizer-se que se trata de Nova Emoção, um nome Maior criado pelo João, e que se adequa perfeitamente. Neste momento este nome e a sua definição estão ser alargados para outras áreas que não a música, e um dos responsáveis por tal no campo das artes plásticas é o João Marçal. No design talvez possamos considerar a Silvina Couto como a única representante feminina da coisa... Até já há sub-sobre-contra-pro-movimentos, como o Pimba Super Sónico, o Freestyle Emo Power Pop, o Anda Aí Uma Certa Tendência, a Belha Emoção, o Latino Espacial, O K-Pimba, Mega Pimba, Giga Pimba e o Tera Pumba!... Enfim, se acham que o que fazem é Nova Emoção ou qualquer coisa assim do género, então a Ástato é o lugar para vocês.

PORQUÊ CDR?
A resposta é obvia. Por uma questão monetária. Estamos a começar e o que nós queríamos mesmo era isso, começar. O dinheiro para investir não era muito mas era muita vontade de fazer, então resolvemos recorrer ao que tínhamos mais à mão e ao que mais facilmente acedíamos. Com isso criamos toda a politica da Ástato CDR. Como podem reparar a nossa conta de mail encontra-se no Gmail, de fácil acesso ao comum dos mortais, a nossa página da internet não é mais que um blog e, como não poderia deixar de ser, o formato em que se encontram fixadas as nossas músicas é CDRom. A pergunta “Então pq nao editar só em MP3?” parece-me óbvia e lógica. E a resposta não é simples. Não é só para termos um produto matérico que se possa vender (mais que uma existência em ideia) é também para haver um suporte físico onde as músicas possam estar registadas. Existe um carinho pelo objecto, que nós (eu, tu e os outros) gostamos, algo que confere uma aura á coisa. Talvez no tempo das Impressoras Nano-3D isso despareça mas pensaremos nisso depois, atempadamente... Devido à falta de dinheiro para um investimento massivo, resolvemos sublinhar a unicidade de cada edição. Como tal a informação contida no CD relativa a cada edição é escrita pelo autor das músicas, e como não podia deixar de referir a parte de trás de cada capa é assinada com um trabalho de autor.
Nesse aspecto já contamos com 5 grandes colaborações. A primeira edição encontra-se carimbada pelas mãos de João Marçal, a segunda pelas de Francisco Roldão ou Francisco Cruz, de momento não me lembro, o (At)3 por Joost (estuda na Academia de Belas Artes na Holanda), o (At)4 por Mafalda Santos e este último por José Cardoso.

Um abraço a todos, de toda a editora.

ENTREVISTA DE E A ALBINO JOSÉ TAVARES E JOÃO ALVES MARRUCHO

Labels: , , , , , , ,